MAIS UM ALUNO QUE ATIRA NO PROFESSOR


Que tristeza! Que tragédia!

Era por volta das 16:00h e o intervalo do período da tarde havia terminado há pouco na Escola Municipal de Ensino Professora Alcina Dantas Feijão em São Caetano do Sul-SP, quando David Mota Nogueira de dez anos de idade disparou um revolver calibre 38 contra sua professora Rosileide Queiros de Oliveira e em seguida se matou com um tiro na cabeça.
Rosileide passa bem e as primeiras investigações apontam que David "não gostava da professora".
Diante de tamanha tragédia a pergunta mais coerente e lógica, é como isso foi acontecer com uma criança ? seria ela "normal" teria algum problema psicológico ? porque afinal ?
Primeiro é necessário registrar, que casos como esse são cada vez mais comuns e já avizinham a banalidade (um jornal classificou o fato como "lamentável", isto é, eventos dessa natureza já se afastam do nível da tragédia - ao menos em alguns setores da mídia), na verdade sempre ocorreram, porém, agora se começa a perder a indignação, e a comodidade do "conformismo leniente" é realmente preocupante.
O Massacre de Realengo foi superlativado de maneira tão avassaladora, que durante quinze dias aproximadamente, o tema mereceu "discussão" em todos os espaços possíveis e imagináveis.
Além disso ganhou constrangedora e temerária espetacularização por parte da mídia, fato em si criticado pelo decano do jornalismo brasileiro Alberto Dines.
Essa exposição quase que "irresistível", provoca em cada indivíduo um tipo de compreensão, muitos só não fazem como o Wellington porque "não tem coragem", ou por outro motivo qualquer, aliás essa abordagem psicológica já foi tema em diversos livros e filmes.
Um outro efeito catastrófico é que exemplos assim (quando o assassino se torna uma "estrela") podem inspirar aqueles indivíduos de espírito mais frágil e caráter menos firme, não se trata de não divulgar fatos, mas a forma como isso é feito.
O descuido do pai em não guardar a arma adequadamente, contribuiu no caminho percorrido para o trágico desfecho, mas a questão decisiva não guardou relação com o deslize do pai, mas com os exemplos deletérios que ensinaram ao jovem David que quando "não se gosta" de uma pessoa, um dos caminhos mais fáceis é dar um tiro nela.
David e Rosileide, foram vítimas da "miséria" do espírito humano, de uma sociedade rumo ao caos, que não vê o outro como "o próximo", mas como um "nada" que não merece respeito nem dignidade.
Fatos como esse vão continuar acontecendo, mas se a sociedade (nós todos) passar a ver o próximo como "gente" (e isso não é nada fácil, trata-se de um processo de maturidade social) eles tendem a diminuir, e retornar novamente ao patamar de tragédia, porque uma sociedade que "coisifica" um acontecimento desses, corre o risco de descobrir que o "poço não tem fundo".
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Fonte:http://www.parana-online.com.br/colunistas/339/88197/

    PARA LER E PENSAR

    É UMA QUESTÃO DE OLHAR

    “Estou em pé em minha mesa, para me lembrar de que devemos constantemente olhar as coisas de uma forma diferente. Sabe, o mundo parece muito diferente visto daqui.

    Quando vocês pensam que conhecem uma coisa, devem olhá-la de outra maneira, mesmo que isto pareça tolo ou errado.

    Ao ler, não considerem apenas o que o autor pensa, mas também o que vocês pensam. Rapazes, vocês precisam se esforçar para achar sua própria voz, porque quanto mais esperarem para começar, menor será a probabilidade de achá-la. Thoreau disse:‘A maioria dos homens leva vidas de desespero silencioso’. Não se resignem com isso. Rompam!!!

    Não andem por aí como pequenos roedores... Olhem à sua volta! Tenham ousadia para investigar e achar novos territórios”.

    Discurso de Robin Willians como Prof. Keating,no Filme:

    A Sociedade dos poetas Mortos