UMA ORAÇÃO

Querido Senhor. A nossa esperança ainda é a de despertarmos. A nossa esperança ainda é a de abrirmos os olhos sonolentos e pensarmos: que sonho horrível. Como isso pôde ter acontecido?
Estamos tristes, Pai. E por isso nos achegamos a ti. Não pedimos ajuda a ti; nós a suplicamos. Não pedimos; imploramos.
Sabemos o que tu podes fazer. Lemos as historias. Refletimos nas historias e agora suplicamos: “Faze-o novamente, Senhor. Faze-o novamente”.
Tu te lembras de José? Tu o resgataste do poço. Tu podes fazer o mesmo por nós.
Faze-o novamente, Senhor.
Tu te lembras dos hebreus no Egito? Tu protegeste seus filhos contra o anjo da morte. Temos filhos também, Senhor. Faze-o novamente.
E Sara? Tu te lembras de suas orações? Tu as ouviste.
Josué? Tu te lembras de seus medos? Tu o inspiraste.
E as mulheres no tumulo? Tu ressuscitaste sua esperança.
As duvidas de Tomé? Tu as levaste embora. Faze-o novamente, Senhor. Faze-o novamente.
      De cativo, tu transformaste Daniel em um conselheiro do rei.
      Tomaste Pedro, o pescador, e o fizeste Pedro, o apostolo.
      Por causa de ti, Davi deixou de conduzir ovelhas para conduzir exércitos. Faze-o novamente, Senhor, pois precisamos de conselheiros hoje; precisamos de apóstolos; precisamos de lideres. Faze-o novamente, querido Senhor.
Sobretudo, faze novamente o que fizeste no Calvário. O que vimos nesta tragédia, tu viste ali naquela sexta-feira. A inocência acabou. Deus estava sofrendo. Mães estavam chorando. O mal estava dançando.
      Assim como as sombras caíram sobre nossos filhos, a escuridão caiu sobre o teu Filho.
Assim como nosso mundo se despedaçou, o Filho da Eternidade foi transpassado. E, ao anoitecer, a canção mais doce do céu foi o silencio, enterrado atrás de uma pedra. Mas tu não hesitaste, ó Senhor. Tu não hesitaste. Depois de seu Filho permanecer por três dias em um buraco escuro, tu rolaste a pedra, bradaste na terra e transformaste a sexta-feira mais escura no domingo mais brilhante. Faze-o novamente, Senhor.
Transforma este Calvário em Páscoa.
Obrigado por estas horas de oração.
Que tua misericórdia seja sobre todos os que sofrem. Concede aqueles que nos conduzem uma sabedoria que vá alem de seus anos e experiência.
Tem misericórdia das almas que partiram e dos feridos que ficaram.
Dá-nos graça para que possamos perdoar e fé para que possamos crer. E olha com bondade para a tua igreja.
Por dois mil anos tu a tens usado para curar um mundo ferido. Faze-o novamente, Senhor. Faze-o novamente.
Por meio de Cristo, amém.

LUCADO, Max. Dias melhores virão. 2007.p. 364.

PARA LER E PENSAR

É UMA QUESTÃO DE OLHAR

“Estou em pé em minha mesa, para me lembrar de que devemos constantemente olhar as coisas de uma forma diferente. Sabe, o mundo parece muito diferente visto daqui.

Quando vocês pensam que conhecem uma coisa, devem olhá-la de outra maneira, mesmo que isto pareça tolo ou errado.

Ao ler, não considerem apenas o que o autor pensa, mas também o que vocês pensam. Rapazes, vocês precisam se esforçar para achar sua própria voz, porque quanto mais esperarem para começar, menor será a probabilidade de achá-la. Thoreau disse:‘A maioria dos homens leva vidas de desespero silencioso’. Não se resignem com isso. Rompam!!!

Não andem por aí como pequenos roedores... Olhem à sua volta! Tenham ousadia para investigar e achar novos territórios”.

Discurso de Robin Willians como Prof. Keating,no Filme:

A Sociedade dos poetas Mortos