Escolas buscam alternativas para acabar com a violência entre alunos

Segundo o IBGE, 70% dos estudantes da 9ª série do Ensino Fundamental já foram humilhados e 13% se envolveram em agressões físicas na escola.

Casos chocantes de violência nas escolas. Briga entre alunos. Ameaça a professores e diretores. Os exemplos se repetem Brasil afora.
A aproximação da escola com a comunidade vizinha tem sido uma aliada para reduzir a violência entre os estudantes e também contra o vandalismo. Resultado que nem mesmo grades e câmeras de segurança estavam conseguindo.
Imagens de um celular mostram duas estudantes dando socos e chutes em uma aluna de 13 anos.
"A gente não ia parar de bater nela, se ninguém tirasse", diz a agressora.
O desentendimento começou com agressões verbais pela internet.
“Eu meio que me senti humilhada na frente de todo o mundo”, conta a vítima.
Segundo o IBGE, 70% dos estudantes da 9ª série do Ensino Fundamental, em todo o país, já foram humilhados e 13% se envolveram em agressões físicas na escola.
Violência que atinge também professores e diretores.
Em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, um aluno de 15 anos ameaçou e em seguida agrediu a diretora.
Cadeado para evitar o roubo de equipamentos, câmeras de segurança, grades nas janelas, em todo o prédio. Segundo pesquisadores que acompanham casos de violência nas escolas, isto ajuda, mas não resolve. O que acontece dentro da escola é resultado da experiência que os alunos trazem lá de fora.
“A comunidade na qual ela esta inserida, a relação da escola com a família do aluno, explicaria, de uma certa maneira, o nível de violência diferenciada entre as escolas”, diz o sociólogo Bráulio Silva.
O pesquisador diz que é importante criar parcerias. Uma escola abriu as portas para as famílias.
“Eles estão fazendo projetos bacanas de capoeira, de dança. Tem futebol”, conta a faxineira Nazareth Cristina, mãe de aluno.
Uma outra escola passou a mediar os conflitos. Tudo registrado em livros de ocorrência e os pais são sempre chamados.
“Eu corrigi os meus erros. Estou tendo mais atenção com ele. Porque só a escola não vai ser o suficiente para a mudança dele”, avalia a vendedora Lucineia de Sousa Domingos, mãe de aluno.
Nos casos de agressão física, a ocorrência é policial. Um jovem parou de brigar com os colegas.
“Registrando o boletim de ocorrência, a pessoa já para e pensa. Pensa duas vezes antes de fazer as coisas depois”, diz um aluno.

Rodrigo Pimentel: 'Violência na escola é problema de segurança publica'
Comentarista afirma que professores e diretores têm a obrigação de chamar a polícia quando ocorre um ato infracional na escola.

A violência na escola é problema de segurança pública, é um fenômeno social, não é pedagógico. O que você aplica na sociedade fora da escola, pode aplicar também dentro da escola. Até porque, a escola é o momento de saber, do bom aprendizado, das boas práticas. O que a gente verifica é que a mediação de conflitos funciona.
A Unesco fez uma grande pesquisa no Brasil em 2002, a estratégia de prevenção de violência era melhorar o diálogo com o aluno e chamar a comunidade para dentro da escola. Isso tem que melhorar.
No entanto, quando você parte para o ato infracional, a questão deixa de ser pedagógica e passa a ser policial. O professor e o diretor passam a ter a obrigação de chamar a polícia, senão eles estão errando. Estão errando na educação e na formação daquela juventude.
Na última semana, eu conversei com um professor que foi furtado por um aluno dentro da sala de aula e a escola não aceitava que o professor chamasse a polícia. Essa escola erra. Lembrando que a solução no diálogo funciona sim e chamar a comunidade para a escola também funciona.
No Rio existem casos de alunos que foram condenados a medidas sócio-educativas em função de agressão e ameaças feitas dentro das escolas.
O professor tem que saber o limite. No Rio é comum a polícia ser chamada para pegar o aluno e levar para o aparato policial. Isso também é um direito do professor.


http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/03/escolas-buscam-alternativas-para-acabar-com-violencia-entre-alunos.html
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/03/rodrigo-pimentel-violencia-na-escola-e-problema-de-seguranca-publica.html

PARA LER E PENSAR

É UMA QUESTÃO DE OLHAR

“Estou em pé em minha mesa, para me lembrar de que devemos constantemente olhar as coisas de uma forma diferente. Sabe, o mundo parece muito diferente visto daqui.

Quando vocês pensam que conhecem uma coisa, devem olhá-la de outra maneira, mesmo que isto pareça tolo ou errado.

Ao ler, não considerem apenas o que o autor pensa, mas também o que vocês pensam. Rapazes, vocês precisam se esforçar para achar sua própria voz, porque quanto mais esperarem para começar, menor será a probabilidade de achá-la. Thoreau disse:‘A maioria dos homens leva vidas de desespero silencioso’. Não se resignem com isso. Rompam!!!

Não andem por aí como pequenos roedores... Olhem à sua volta! Tenham ousadia para investigar e achar novos territórios”.

Discurso de Robin Willians como Prof. Keating,no Filme:

A Sociedade dos poetas Mortos