CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA



Escolas cobram taxa ilegal para acompanhar crianças com deficiência


Elas obrigam pais de crianças com deficiência a pagar um profissional para acompanhar os meninos na sala de aula

THAIS LAZZERI
19/05/2015 - 11h23 - Atualizado 04/06/2015 17h22
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CUSTO A MAIS A família de Simone Cruz (de cabelos claros). Ela paga a profissional de apoio (à esq.) da filha, Manuela (sentada à mesa) (Foto: Stefano Martini/ÉPOCA)
Simone Cruz visitou quase uma dezena de escolas para matricular os filhos, Manuela, de 11 anos, e Gabriel, de 8. Manuela tem síndrome de Down. Gabriel tem atraso mental – ainda hoje, não fala. “Tudo é motivo de angústia para o pai de uma criança com deficiência”, diz Simone. Na primeira escola particular, a equipe não se preparou para receber Manuela. Sem estímulos adequados, a menina não teve evolução. “Olhavam para minha filha como se ela fosse uma coitada.” Na segunda, um caso de constrangimento de um aluno com Down – o garoto foi entregue aos pais sujo de urina e fezes – fez Simone desistir da escola. Na terceira, a filha não se adaptou. Agora, os irmãos estudam no Colégio Fernandes Vidal, uma escola de classe média na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Por cinco anos, o custo dos profissionais de cada um dos filhos de Simone era bancado pela escola, como prevê a lei. Com o aumento do número de crianças com deficiência, diz Simone, a coordenação repassou a cobrança de um dos profissionais para Simone – além das duas mensalidades, cerca de R$ 500 cada uma. “Como consumidora, entendo os argumentos da escola. Como mãe, sinto que, ao assumir o custo, é como se a profissional fosse a única responsável pelo desenvolvimento da Manu. Estão dando conteúdo do 1º ano para ela, sendo que a Manu está no 3o.” A escola afirmou desconhecer a lei que obriga a contratar o profissional de apoio. Diz que Simone tem desconto nas mensalidades para custear esse pagamento.
>> Escolas públicas que são um espetáculo

Obrigar pais a contratar um funcionário para acompanhar o filho dentro da escola é contra a lei. Um decreto de 2014 determina aplicação de multa em caso de descumprimento. Das 20 famílias ouvidas para a reportagem, todas foram discriminadas por escolas na busca por vagas – “já alcançamos a cota de deficientes”, ouviu uma mãe. Poucas quiseram se identificar e expor o problema, por medo de o filho sofrer preconceito ou algum tipo de retaliação em sala de aula. Metade teve a oferta da matrícula condicionada à contratação, com recursos próprios, do profissional de apoio. “Não aceitar a matrícula ou negociar a entrada com pagamentos extras são atos discriminatórios e devem ser punidos”, diz Martinha Clarete, diretora de Políticas de Educação Especial do Ministério da Educação (MEC). O senador Romário Faria (PSB-RJ) publicou neste ano um projeto de lei (45/2015) que proíbe a já ilegal cobrança de taxa adicional para matrícula de alunos com deficiência. O projeto é um indicativo de que a prática está disseminada em todo o país. Em nota, Romário afirma: “Quem insistir com a prática de cobrar taxas acima da mensalidade deverá ressarcir os valores. O reembolso será o dobro do que foi pago em excesso”.

Infelizmente, são poucos os casos que chegam à Justiça. Do total de famílias entrevistadas, apenas duas acionaram advogados ou defensores e promotores públicos. No Estado de São Paulo, afirma o promotor João Paulo Faustinoni, são raras as denúncias contraescolas particulares. Há pais que temem que o filho sofra algum tipo de represália. Outros, diante de sucessivos nãos na jornada penosa por uma instituição, acabam cedendo às exigências descabidas da instituição que aceita. “Essas práticas são ilegais”, diz. A fiscalização de instituições, admitiu Faustinoni, também é tímida.
Ana Paula dos Anjos fazendo lição com seu filho Arthur (Foto: Stefano Martini/ÉPOCA)

Na prática, pais como Simone pagam a inclusão dos filhos. Depois de nove recusas em instituições de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, Ana Paula dos Anjos topou a exigência ilegal do Centro Integrado de Educação Moderna. Por cinco anos pagou mensalidade duplicada, em torno de R$ 1.600, para Arthur, de 8 anos. “Foi um golpe”, diz. Metade do valor arcava com o profissional de apoio. “Sei que é ilegal, mas quanto mais iria expor meu filho?” O acordo, diz, foi oficializado em um contrato paralelo. “Meu filho não aprende. Socializar é o grande negócio que estão (a escola) fazendo por você. Até hoje é uma guerra”, diz. Há poucas semanas, a escola desistiu da cobrança. “Imagino que vão pensar que exigirei menos sobre a parte pedagógica, mas não.”

Na rede pública, o drama também existe. O atendimento escolar é obrigatório entre 4 e 17 anos ou para os que não tiveram acesso na idade própria. Segundo o MEC, em 2014, foram 707.120 matrículas de alunos com deficiência na rede pública e 179.695 na privada. O valor do repasse do governo para o aluno com deficiência é 20% superior e varia entre os Estados.

De acordo com as resoluções do MEC de 2009, a escola, em parceria com a família, deve avaliar as necessidades individuais do aluno para eliminar qualquer barreira, seja física ou não, que possa prejudicar o aprendizado. É aí que pode surgir a necessidade da contratação de um profissional de apoio, “visando à acessibilidade às comunicações e à atenção aos cuidados pessoais de alimentação, higiene e locomoção”, diz a nota técnica do MEC. O profissional não tem função pedagógica em sala de aula nem substitui o professor. 
>> Cristovam Buarque: "O MEC tem de ser o ministério das crianças"

A política de educação inclusiva no Brasil é baseada no desenvolvimento individual do aluno, como parte de um grupo maior. Aprender é uma necessidade de qualquer aluno. Os ganhos educacionais somam-se aos sociais, de que cada pessoa tem habilidades e limitações distintas – uma lição para toda a vida. Mas incluir não é colocar todos juntos num mesmo espaço. A inclusão também não depende, apenas, de boa vontade, diz o professor de psicologia e escritor Yves de La Taille, da Universidade de São Paulo. Carece de recursos e de profissionais preparados, de pais ativos com coragem para dizer não às propostas ilegais das escolas e levar os casos à Justiça.
>> O professor é o fator que mais influencia na educação das crianças

Kely Cristina Machado, mãe de Maria Fernanda, de 7 anos, teve duas experiências na rede municipal de ensino de Volta Redonda, no Rio. Na primeira, acompanhou a filha cadeirante por quatro meses em aula, porque o profissional de apoio nunca chegou à escola Sergipe. Maria tem uma escoliose tão severa que já passou por 11 cirurgias. “Ela tinha medo de ficar com outras crianças. Dizia que ‘ser especial é ruim’.” Neste ano, Maria retornou para a rede municipal, na Miguel Couto Filho. Desta vez, a recepção da equipe pedagógica foi melhor. “É outra realidade. Maria está feliz.” Mas o profissional de apoio requisitado pela escola ainda não apareceu. Kely acionou a Defensoria Pública. A Secretaria de Educação de Volta Redonda foi procurada diversas vezes. Na primeira, informou que o profissional estava a caminho. Nesse ínterim, Kely foi procurada pela secretaria e orientada a não dar entrevista –  em uma das ligações, é possível ouvir alguém da Pasta gritando o nome da pessoa que contatou Kely. O profissional que acompanhou a filha de Kely por menos de um mês foi recolocado em outra unidade. 

Em São Paulo, o profissional de apoio para o filho de Priscila Aparecida de Assis, Nathan, de 8 anos, chegou há pouco mais de um mês à Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Abrão de Moraes, na Zona Leste. Até então, era Priscila que ajudava o filho. “A escola recebeu meu filho autista com muita disposição.” Procurada, a Secretaria Estadual de Educação informou que “nem todo espaço estará pronto, mas você precisa estar atento para remover as barreiras”.
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Há ainda pais que, voluntariamente, pagam o mediador por acreditar que o desenvolvimento da criança será melhor. Nesses casos, não é crime. Outros pagam para não ir à Justiça e expor o filho. Há ainda os que defendem que a família arque com o custo, mesmo quando se trata de uma exigência da escola.

A precariedade no sistema educacional fez surgir uma demanda por profissionais de apoio na rede privada. A auxiliar terapêutica Maria(nome fictício) entrou no ramo há três anos. Um terapeuta infantil indica o trabalho de Maria e outras assistentes para os pais. Para acompanhar um garoto com síndrome de Down por meio período em uma escola particular em São Paulo, recebe R$ 1.500, sem registro. Maria ensina o menino a pegar o material escolar, a escrever o próprio nome em cima do pontilhado que ela faz na página para ajudá-lo, fica com ele em outras atividades nas aulas de que ele não participa. “Não faz sentido ele ficar em uma aula de leitura se não fala nem escreve”, diz. Não é o que preconiza o Ministério da Educação. O relatório semanal de Maria é passado ao terapeuta que atende a criança fora da escola.

Quando o profissional de apoio serve como meio para alcançar conquistas e possibilitar que os alunos de uma mesma classe caminhem juntos, a sociedade ganha. O que não pode é repassar aos pais, seja em forma de cobrança financeira ou fazendo deles acompanhantes em sala de aula, a responsabilidade pelo desenvolvimento educacional. Além de ser um contrassenso, é crime.

Campanha quer ajudar cristãos viciados em pornografia. Assista o vídeo


Josh McDowell pastor nos Estados Unidos lançou uma campanha ‘Just 1 Click Away’ para ajudar cristãos viciados em pornografia. “A tentação está a apenas 1 click de distância, esperando invadir nossos lares e escolas, e na batalha para consumir as mentes e corações dos nossos jovens, quem sabe inclusive a sua”, diz o site da campanha.

Baseado em dados que apontam o crescimento expressivo de usuários de internet, desde crianças até adultos, que encontram conteúdo pornográfico de fácil acesso na rede, Josh, criador da campanha, lançou um vídeo, apontando a influência deste conteúdo na família cristã. (Veja abaixo).
“Cada segundo 30.000 pessoas estão vendo pornografia. A idade média da primeira exposição é apenas 11 anos”, informa a campanha.
Em várias partes do mundo, o vídeo mostra como a pornografia tem influenciado a vida das famílias, trazendo dados estatísticos que mostram o aumento de acesso a pornografia por crianças e adolescentes.
O vídeo ainda aponta que 90% das crianças entre 8 e 16 anos já assistiram alguma forma de pornografia, sendo 77%, somente por meio da internet; 80% de adolescentes entre 15 a 17 anos já foram expostos à pornografia extrema. A própria indústria admite que, do tráfego geral, aproximadamente 30% são crianças.
A campanha do pastor Josh mostra que a rede mundial de computadores já possui mais de 1 bilhão de sites pornográficos com consumo crescente, tema que as famílias cristãs já reconhecem como sendo um problema grave.
Ainda segundo o vídeo, a pornografia contribui para o aumento da infidelidade conjugal. Nos Estados Unidos 68% dos divórcios foram motivados por traições oriundas na internet.
Pesquisas ainda mostram que até pastores têm se tornado consumidores deste conteúdo na rede.
A campanha de Josh McDowell esclarece sobre a gravidade do problema e oferece ajuda através do site www.just1clickaway.org.

Assista ao vídeo e deixe o seu comentário



Saúde da criança e do adolescente

Gravidez na adolescência

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 22% dos adolescentes fazem sexo pela primeira vez aos 15 anos de idade. É nesta fase importante de autoconhecimento e incertezas que a falta de informação pode gerar uma gravidez inesperada ou mesmo a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. 
SXCNúmero de adolescentes grávidas no Brasil caiu para 22,4% nos últimos anosAmpliar
  • Número de adolescentes grávidas no Brasil caiu para 22,4% nos últimos anos
A boa notícia é que com o aumento de ações dentro das escolas, orientação sobre métodos contraceptivos e distribuição de camisinhas em postos de saúde, há mais acesso a recursos para um sexo seguro. Por este motivo, o número de adolescentes grávidas no Brasil tem diminuído.  Entre 2005 a 2009, o número de partos realizados entre jovens de 10 a 19 anos caiu 22,4%, comparado à década anterior, segundo o Ministério da Saúde.
Ainda assim, muitas meninas continuam se descuidando. Segundo a médica Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo e professora da Faculdade de Medicina da USP, a gravidez na adolescência, embora inoportuna, nem sempre é indesejada. O desejo de conquistar uma vida melhor, de ter atenção e afeto e de começar a estruturar uma vida autônoma, muitas vezes, levam as meninas a, inconscientemente, a esperar que uma gravidez resolva isso. 
Para a médica, mais que educação sexual, as crianças precisam de uma educação para a vida. “Antes da puberdade, elas precisam aprender que podem realizar seus sonhos por meio dos estudos, do trabalho e da construção de um longo projeto de vida”, diz. E que o namoro, por melhor que seja aos 15 anos, não deve atrapalhar esse projeto. 
Essa decisão envolve a contracepção desde a primeira relação sexual. Além do uso de camisinha, masculina ou feminina, as meninas também podem optar por uma segunda proteção para aumentar a segurança. Pílulas anticoncepcionais e injeção mensal de hormônio podem ser usadas desde a primeira menstruação. A minipílula, a injeção trimestral e o DIU também podem ser utilizados por mulheres de todas as idades, inclusive pelas adolescentes. 
Existem também outros métodos que não envolvem ingestão de nenhum medicamento, mas exigem que a adolescente tenha muita disciplina e planejamento. São eles: a tabelinha (controle dos dias férteis pelo calendário), e o controle do muco cervical (identificação do período fértil analisado pelas características do fluido) e da temperatura basal (análise da temperatura corporal antes e depois da menstruação).
Se mesmo com toda essa informação uma gravidez acontecer, o suporte do companheiro e da família é fundamental. O atendimento médico completo da adolescente grávida é garantido no SUS. É assegurado seu direito ao atendimento pré e pós-natal, parto e pós-parto para garantir a sua saúde e a do bebê.
Confira as Cadernetas de Saúde do Adolescente, desenvolvida pelo ministério da Saúde para meninos e meninas.

Neurociência, libélula e literatura

A CH 306 traz o perfil de Angelo Machado, zoólogo, neurocientista e especialista em libélulas de fama mundial. Sua trajetória é marcada pela atuação em várias áreas: da pesquisa e docência à divulgação científica e produção de obras literárias e teatrais.        
Por: Roberto B. de Carvalho
Publicado em 11/09/2013 | Atualizado em 11/09/2013
Neurociência, libélula e literatura
Aos 79 anos, Ângelo Machado continua produzindo: vai à universidade duas vezes por semana e trabalha 10 horas diárias em casa, pesquisando sobre libélulas ou escrevendo artigos científicos, livros e peças de teatro. (foto: Matheus Ventura)
Um diálogo com o filho Eduardo, quando este tinha sete anos, sintetiza bem o espírito versátil do cientista e escritor Angelo Barbosa Monteiro Machado, nascido em Belo Horizonte a 22 de maio de 1934. Certo dia, de volta da escola, o menino procurou o pai:
– A professora pediu uma pesquisa sobre a profissão dos pais. O que é que você faz?
– Sou professor universitário.
– Mas, pai, eu pensei que você fosse médico...
– Sou médico, mas não exerço a profissão.
– Mas você não estudou medicina?
– Sim, estudei.
– Mas eu vejo você mexendo só com bicho. Então você é veterinário...
– Não sou veterinário, sou zoólogo.
– Professor, médico, zoólogo... Ouvi dizer que você é escritor também?
– Isso mesmo.
– Ô, pai, e aquele lugar que você entrou, como é mesmo que chama?
– Academia. Academia Brasileira de Ciências.
– Isso! A mamãe disse que lá só tem cientista. Então você é cientista também?
– Sim.
– Quer saber, pai? Você é uma confusão! Vou fazer a pesquisa com a mamãe.

Ainda muito jovem, revelou aptidão incomum no trato com insetos
Numa época marcada pela superespecialização, um tipo singular, como é o caso de Angelo Machado, pode mesmo confundir até juízos menos ingênuos que o de uma criança. Ainda muito jovem, revelou aptidão incomum no trato com insetos, especialmente as libélulas, grupo em que se tornou especialista de fama mundial.
Convidado pelo respeitado entomólogo Newton Santos (1916-1989) para aprimorar seus conhecimentos sobre insetos no Museu Nacional do Rio de Janeiro, não hesitou em aceitar o convite. Hospedado na casa do tio Aníbal Machado (1894-1964), aproximou-se dos intelectuais que aos domingos acorriam à residência do ilustre escritor, em Ipanema, para participar das famosas ‘domingueiras do Aníbal’. Foi assim que começaram a se solidificar as bases de um terreno que só mais tarde exploraria com afinco: a literatura e o teatro.
Angelo Machado jovem
À esquerda, com aproximadamente três anos, na casa dos pais, em Belo Horizonte (MG). À direita, ainda jovem, Angelo Machado já mostrava afinidade por bichos: com o pássaro sofrê (‘Icterus jamacaii’), também conhecido como corrupião. (fotos: arquivo pessoal)
Antes mesmo de ingressar na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), começou a fazer uma histologia de ponta ao lado do especialista Wladimir Lobato Paraense (1914-2012), que trabalhava no escritório do Instituto Osvaldo Cruz em Belo Horizonte. Foi o início de uma brilhante carreira do morfólogo que depois se especializaria em ciências do cérebro.
Com a naturalidade dos predestinados, que mantêm um olho vivo no presente e outro bem assestado no futuro, Angelo sempre agarrou com determinação as boas chances que a vida lhe ofereceu. Hoje, aos 79 anos, vai duas vezes por semana ao Departamento de Zoologia da UFMG – do qual foi professor ao se aposentar no Departamento de Morfologia da mesma universidade – e trabalha 10 horas diárias em casa, pesquisando sobre libélulas ou escrevendo artigos científicos, peças de teatro e livros de literatura infantojuvenil.
Quem conhece Angelo Machado ou já assistiu a uma de suas palestras jamais se esquece do fino humor que permeia seu discurso
O saldo de uma vida dedicada à pesquisa e à escrita pode ser contabilizado nos 130 artigos científicos que publicou, nas inúmeras espécies zoológicas descritas em sua homenagem e nos muitos prêmios que recebeu, entre eles o Henry Ford de Conservação do Meio Ambiente, em 1998, o José Reis de Divulgação Científica, em 1995, e o Jabuti de Literatura infantojuvenil, em 1993, por O velho da montanha: uma aventura amazônica. Além deste, publicou outros 35 livros para crianças e adolescentes.
Quem conhece Angelo Machado ou já assistiu a uma de suas palestras em eventos científicos, culturais ou de divulgação de ciência sabe de seu talento para comunicar-se com públicos de diferentes áreas e idades, reconhece o quanto se aprende ouvindo-o falar e jamais se esquece do fino humor que permeia seu discurso.
Certa vez, falando do amigo, disse o dramaturgo mineiro Jota Dângelo: “o Angelo é um humorista nato e poderia ter vivido disso se quisesse”. Ele não quis viver disso, mas nunca abriu mão de enfrentar a vida com humor, tendo sempre, na ponta da língua, uma piada oportuna e inteligente para as mais variadas situações. Ganham com isso seus interlocutores, ganha com isso principalmente ele próprio, que sabe levar a vida como ninguém.

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Roberto B. de Carvalho
Ciência Hoje/ PR

PARA LER E PENSAR

É UMA QUESTÃO DE OLHAR

“Estou em pé em minha mesa, para me lembrar de que devemos constantemente olhar as coisas de uma forma diferente. Sabe, o mundo parece muito diferente visto daqui.

Quando vocês pensam que conhecem uma coisa, devem olhá-la de outra maneira, mesmo que isto pareça tolo ou errado.

Ao ler, não considerem apenas o que o autor pensa, mas também o que vocês pensam. Rapazes, vocês precisam se esforçar para achar sua própria voz, porque quanto mais esperarem para começar, menor será a probabilidade de achá-la. Thoreau disse:‘A maioria dos homens leva vidas de desespero silencioso’. Não se resignem com isso. Rompam!!!

Não andem por aí como pequenos roedores... Olhem à sua volta! Tenham ousadia para investigar e achar novos territórios”.

Discurso de Robin Willians como Prof. Keating,no Filme:

A Sociedade dos poetas Mortos